BEM VINDO
AO ESPAÇO DESDOBRAMENTOS .pbworks.com, QUE FOI CRIADO
A PARTIR DA OFICINA "Impressões de uma 'PLAOC'", DESENVOLVIDA
COMO PROPOSTA DE AULA NA DISCIPLINA Tempos e Espaços
Escolares: Atravessando Fronteiras ( Faced - UFRGS ).
É UM ESPAÇO QUE TEM COMO PROPOSTA PRINCIPAL OS DESDOBRAMENTOS DE POSSÍVEIS CONTEÚDOS QUE PODEM SER TRABALHADOS A PARTIR DE UM TEMA.
MAIS UMA FERRAMENTA INTERDISCIPLINAR.
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A OFICINA
Impressões de uma "Plaoc" !
APRESENTAÇÃO: Foi um artista quem nos inspirou a realizar essa oficina: Rogério
Livi. Artista que trabalha com desenhos através de bolhas de sabão. “(...) desenhos que
projetam e registram eventos fugazes. Com instrumentos (...) o artista constrói com
paciência estruturas delicadas que repentinamente estouram e imprimem no plano o
inusitado (...)”1. Criamos essa oficina que consiste no resgate da memória, da nossa
própria realidade, e do que é efêmero. E com o auxilio das bolhas de sabão, assim
como Rogério, vamos trabalhar com a eternização do que, antes, era algo passageiro.
OBJETIVOS: pensar sobre o que é ou não permanente em nossa vida e na nossa
memória. Queremos proporcionar através de Desdobramentos2 outros significados e
possíveis trabalhos a partir do nosso ou em conjunto com o nosso.
ORGANIZAÇÃO DAS ATIVIDADES:
- Começaremos com um resgate de memória através de um questionamento (Quem
nunca brincou de bolas de sabão?) e de uma poesia:
Disponível em:
http://prazerdepensar.blogspot.com/2006/03/bolhas-de-sabo.html
- Todos sentados no chão lembrando-se de um momento em que brincavam com bolhas de sabão.
- Pediremos para que a pessoa sinta como se estivesse se transformando em uma bolha de sabão: agora você é água e sabão, você se incorpora a algum instrumento e fica preso até que com um leve sopro você se solta, sinta como você voa pelo ar sem rumo, vendo tudo de cima, apenas refletindo luz mostrando cores como as do arco Iris, quando de
repente você... “PLAOC”!!!!!, se desfaz e se mistura com o ar.
- Após essa experiência de resgate vamos dar início à prática. Levantando questões como: a efemeridade de uma bolha de sabão – ela ficou em nossa memória, no nosso passado – nós chegamos aqui hoje e a resgatamos, a relembramos e passamos a ser ela e ver como é ficar na memória. Hoje vamos ter novas bolhas de sabão, algumas vão se perder e ficar novamente na memória, mas a maioria delas vai permanecer eternizada nesse dia.
- Com o auxílio dos materiais vamos formar grupos (4 integrantes). Desse grupo em uma primeira parte dois vão fazer as bolhas e dois vão segurar o tecido de modo que possam se movimentar e ir de encontro ao outro. Dessa maneira, as bolhas de sabão vão se formar – coloridas e vão encontrar o tecido onde vão permanecer e não simplesmente sumir no ar.
- Após essa experiência, ainda em grupos vamos mexer com nosso corpo dentro desse espaço. Como já estamos com camisetas que podem ser “sujas” vamos soltar bolhas de sabão a “agarrá-las” em nosso próprio corpo (antigamente corríamos atrás delas e tentávamos pega-las com as mãos), eternizálas.
- Mais discussões acerca dessa oficina podem surgir. Por isso criamos um pbworks para esses possíveis Desdobramentos¹.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
- Rastros da Impermanência, disponível em: http://dioneveigavieira.blog.uol.com.br/arch20080901
- http://desdobramentos.pbworks.com/
- www.subterranea.art.br/mostras_rogerio_livi.html
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Algumas questões que podemos abordar nas Artes Visuais partindo dessa oficina:
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Os espaços e materiais não convencionais no fazer artístico;
-
a ocupação do espaço pelo corpo ( movimento, gestos );
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o processo e o resultado final (o que podemos considerar como obra?);
-
desenho, pintura, gravura?;
-
o acaso nos processos de criação;
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o resgate da memória (brincadeira de infância) , percepções, sensações, etc.
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Rastros da impermanência
Repentinamente uma pequena bolha de sabão e tinta se desfaz deixando sua impressão e a impressão desse momento sobre uma folha de papel. Quanto tempo isso dura?
Quanto tempo dura uma explosão solar, o olhar sobre essas pequenas línguas de fogo que se agitam no fogão à lenha e se consomem?
Quanto duram as turbulências do vôo e do espírito? Quanto tempo dura a arte?
Um século dura cem anos. Para alguns esse tempo parece infindável na espera de um futuro — muito mais do que milhares de mil e uma noites condensadas —, e para outros, um século é sem anos (o presente se re-apresenta).
O século vinte foi particularmente generoso em incorporar utensílios não-usuais e não-tradicionais dentro de um fazer artístico muitas vezes às voltas com práticas tradicionais, bem como em incorporar a temporalidade e a ação nos processos de criação.
Lembremos, por exemplo, de algumas pinturas do grupo japonês Gutai, onde o pincel era substituído por um pequeno carrinho contendo tinta, que se deslocava sobre uma tela colocada no chão. Outras vezes eram os pés, ou os pneus entintados de uma bicicleta que atravessavam essa superfície.
Rogério Livi utiliza coisas muito simples: bolhas de sabão e tinta, canudo, papel. Mas também, utiliza algo do que lhe traz a paciente observação, e sobretudo, algo do que lhe traz a surpresa, a admiração, a delicadeza, o acaso, a impermanência. Quais são os bons utensílios e materiais para a arte? Todos aqueles que con-fluem no infinito de sua invenção e possibilidade.
Ao olharmos para seus trabalhos podemos imediatamente associar imagens e coisas. De um momento ao outro vejo sóis e células, fecundações e micro explosões, florações de círculos, eclipses em chamas, arquipélagos geométricos, constelações desconhecidas, recortes internos de árvores e planetas. É possível. Mas é possível também o olhar sobre a literalidade desses eventos.
Repentinamente como num seco estalar de dedos, posso interromper esse processo associativo e perceber somente respingos e rastros de esferas transparentes, maleáveis, de frágil e lúdica existência; perceber somente as marcas de um instante decisivo e único, algo que foi, ficou sobre o papel; perceber as seqüências de instantes, e assim, um instante entre instantes.
O olhar como um observatório instável da existência. E a existência é frágil e passageira, uma conversa inesgotável com a finitude, que por vezes deixa suas marcas nos papéis e nas nuvens, no coração ou na memória.
Hélio Fervenza, Porto Alegre, agosto de 2008.
Disponível em : http://dioneveigavieira.blog.uol.com.br/arch2008-09-01_2008-09-15.html
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AS BOLHAS DE SABÃO NAS ARTES VISUAIS
Rogério Livi
Édouard Manet(1832-1883)
França, 1867
Óleo sobre tela 100,5 x 81,4 cm
Jean Baptiste Simeon Chardin
The Soap Bubblec. 1739
Oil on canvas, 61 x 63 cm
Metropolitan Museum of Art, New York
http://www.chelinsanjuan.info/
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AS BOLHAS DE SABÃO NA FOTOGRAFIA:
Para saber como o fotógrafo consegue esse efeito acesse:
http://www.creativereview.co.uk/cr-blog/2008/june/planet-tozer-how-he-did-it
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AS BOLHAS DE SABÃO NA MÚSICA:
Bolinhas de Sabão
( Trio Esperança )
Sentado na calçada
De canudo e canequinha
Dumplec duplim
Eu vi um garotinho
Dumplec duplim
Fazendo uma bolinha
Dumplec duplim
Bolinha de sabão
Eu fique a olhar
Eu pedi para ver
Quando ele me chamou
E pediu pra com ele brincar
Foi então que eu vi
Como era bom brincar
Com bolinha de sabão
Ser criança é bom
Agora vou passar
A fazer bolinha de ilusão
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AS BOLHAS DE SABÃO NA LITERATURA INFANTIL:
"João Bola de Sabão"
Marta André (texto) e Sofia machado dos santos (Ilustração)
A
"Bolha de Sabão"
Aline Perlman (texto) e Letícia Gelli (Ilustração)
"Um barco, um avião, uma bolha de sabão... "
Sandra Pina (texto), rogério coelho (Ilustração)
História: A Bola de Sabão Mágica
http://saladeliteraturainfantil.blogspot.com/2009/05/historia-bola-de-sabao-magica.html
Bolhas
(Cecília Meireles)
Olha a bolha d’água
no galho!
Olha o orvalho!
Olha a bolha de vinho
na rolha!
Olha a bolha!
Olha a bolha na mão
que trabalha!
Olha a bolha de sabão
na ponta da palha:
brilha, espelha
e se espalha.
Olha a bolha!
Olha a bolha
que molha a mão do menino.
A bolha da chuva da calha!
Disponível em :http://cpd1.ufmt.br/meel/arquivos/artigos/237.pdf
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AS BOLHAS DE SABÃO NAS CIÊNCIAS EXATAS
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ESPETÁCULOS COM BOLHAS DE SABÃO
- Para criar bolhas enormes, esculturas de espuma e bolhas recheadas de fumaça, Fang Yang pesquisa química e física. Há 20 anos, ele viaja pelo mundo fazendo bolhas de sabão.
http://globonews.globo.com/Jornalismo/GN/0,,MUL1470201-17665-316,00.html
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